Pensar a relação das crianças com o patrimônio material e imaterial de Cuiabá, é o tema central do projeto "Educação Patrimonial COM crianças", voltado para a formação agentes culturais. Em formato de oficinas, o projeto é promovido pela Casa Silva Freire. Os encontros acontecerão aos sábados pela manhã, com início no próximo sábado (04/11). As oficinas terão início sempre às 8h30, na sede da Casa Silva Freire, que fica na Rua Cândido Mariano, 707, no Centro de Cuiabá.
Com abertura no dia 04/11, a programação segue nos dias 11/11, 18/11, 25/11 e 02/12. Além da formação para os mediadores culturais, o projeto prevê também a participação das crianças no dia 02/12, no encerramento do projeto. O resultado da oficina será exibido em uma exposição no mesmo dia.
Por meio da perspectiva participativa, as oficinas visam enriquecer o debate sobre o desenvolvimento infantil como processo cultural, articulado aos estudos sobre memória social e produção de identidades sociais. "É um projeto que vai propiciar que se expanda a quantidade de pessoas que compartilham essa perspectiva da participação com crianças na educação patrimonial. Formar mediadores culturais que trabalhem nessa chave é muito importante", aponta Larissa Freire Spinelli, coordenadora-geral da Casa Silva Freire.
O projeto também é ancorado no olhar do poeta Silva Freire sobre os diferentes modos de ser e estar em Cuiabá e os tensionamentos hegemônicos e contra-hegemonicos que inscrevem as narrativas sobre a cidade e o Centro Histórico. "Silva Freire traz na sua obra a valorização da memória social e do patrimônio mateiral e imaterial, mas sem ficar preso ao passado", completa Larissa.
Diferencial da metodologia
O projeto dialoga com outras ações já promovidas pela instituição, a exemplo dos projetos "Cribiás, crianças sabidas" e "Cribiás 300+: por uma educação patrimonial toda nossa", cujos conceitos são baseados na metodologia participativa, apontada como diferencial do projeto, que visa ainda a produção de novas narrativas no interior do diálogo intergeracional.
"Nesses encontros vamos debater e experienciar sobre a importância dos adultos vivenciarem seus processos autorais para que autorizem as crianças em seus processos criativos", indica Daniela Freire, coordenadora do Núcleo Cultura, Crianças e Infâncias da Casa Silva Freire.
Para isso, a abordagem prevê o uso de narrativas encorajadoras, cujo conceito - trazido por Daniela Freire, que também é vinculada ao Grupo de Pesquisa em Psicologia da Infância da Universidade Federal de Mato Grosso (GPPIN/UFMT) - prevê uma proposta que não seja fechada, mas encoraje os participantes a dialogarem e construirem novas narrativas.
Também integram a equipe os palestrantes e monitores Érica Teibel, Iury Alves, Laura Joana Castro Zulke, Ana Carolina de Oliveira Pantaleão, Mardim Pires do Nascimento, Elisa de Arruda e Silva e Beatriz Durante Andrade.
O projeto é uma realização Núcleo Cultura, Crianças e Infâncias da Casa Silva Freire, com incentivo da Secretaria Estadual de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), via edital Viver Cultural.
Fonte: Da Assessoria