Casa Silva Freire

As primeiras produções literárias foram escritas durante o período da juventude e circularam nos jornais literários que dirigiu e fundou com Wlademir Dias-Pino, e nos que colaborou: O Arauto de Juvenília, Saci (1949), Ganga (1951), Sarã (1951) em Cuiabá; Japa (1953), Revista Movimento (1957-1959) – da União Nacional dos Estudantes (UNE), O Roteiro - da Associação Matogrossense de Estudantes (AME) e o suplemento universitário do jornal O Semanário, estes no Rio de Janeiro.
A obra literária publicada do escritor é composta por onze Cadernos de Cultura e seis livros.
Os Cadernos de Cultura publicados são:

nº 01- Três Poemas de SILVA FREIRE: As Luzes de Sayonara, Canção de Amor que te Quero e Partir... (1961);
nº 02 - Rondon: Silêncio Orgânico de Flores... (composto e impresso na Escola Industrial de Cuiabá, orientação técnica: Prof. Sérgio Dronjek, 1965);
nº 03 - Meu chão... Pássaro implume (Editora 4 de Janeiro, Cuiabá – MT, 1968);
nº 04 - Rio-Equilíbrio e A Estrada (Gráfica Bandeirante Limitada, Corumbá – MT, 1971);
nº 05 - Chão/Terra/Pasto ( Editora 4 de Janeiro, Cuiabá – MT, 1971);
nº 06 - Campus de Universidade e Canto: crespo - olho - alho (Editora 4 de Janeiro, Cuiabá – MT, 1971-72?);
nº 07 - gOOl/círculO azul aO sul dO azul (Editora 4 de Janeiro, Cuiabá – MT, 1972),
nº 08 - Os Oleiros (Editora 4 de Janeiro, Cuiabá – MT, 1973),
nº 09 - As Redes (Editora 4 de Janeiro, Cuiabá – MT, 1974);
nº 10 – Giro do Couro Cru (197?);
nº 11 - Os Meninos de São Benedito (1978, Cuiabá - MT).

Circularam durante as décadas de 1960 a 1970, foram impressos frente e verso em papel cartolina nas dimensões variando entre 13, 5 a 24 cm x 29,5 a 32 cm, em formato fechado dobrado e entre 46 a 75 cm x 29,5 a 32 cm no formato aberto, compondo uma espécie de grande cartaz ou suplemento literário onde se apresentava de um a três poemas diagramados em páginas desdobráveis, acompanhados ora por textos de apresentação redigidos pelo representante da instituição que apoiou a impressão gráfica, ora por textos de crítica literária de outros escritores acerca do fazer poético de Silva Freire. A maioria desses cadernos foi publicada com financiamento do próprio autor e ou através de apoios culturais da iniciativa privada e de instituições públicas, sendo distribuídos gratuitamente pelo autor na cidade em espaços de circulação de público como bares, restaurantes e campo de futebol. Uma parte desses poemas foram reeditados nos livros que o autor veio a publicar posteriormente.
O autor registrou e listou 13 Cadernos de Cultura, sendo que o 12º seria encicloPEDRAS e o 13º a reedição do 2º Rondon: Silêncio Orgânico de Flores (SILVA FREIRE, 1986, p. 324).  No entanto, consta no acervo da Casa de Cultura Silva Freire apenas onze, sendo que a numeração não coincide com a listagem feita pelo autor. 

Os livros foram publicados sob os títulos:
 

• Águas de Visitação (1ª edição, 1979, 2ª edição, 1980, Edições do Meio; 3ª edição (póstuma), 1999, Adufmat Publicações; 4ª edição (póstuma), 2002, Leila Barros Silva Freire, Lei Estadual de Incentivo à Cultura);
• Depois da Lição de Abstração (discurso de posse, Separata da Revista da Academia Mato-grossense de Letras, 1985);
• Silva Freire: social, criativo, didático (catálogo de exposição, UFMT, 1986); 
• Barroco Branco (1a edição: Fundação Cultural de Mato Grosso, Ed. Amazônida, 1989;  2a edição: Carlini &Caniato, Editorial, 2018);
• Publicações póstumas: Trilogia Cuiabana (EdUFMT, 1991) sendo, volume 1:  )Presença na Audiência do tempo(  Tempo de Histórias & Espaços Cotidianos, volume 2: )Na Moldura da Lembrança( Todolos Prazeres & Alguns Lazeres, cujo terceiro volume será publicado em 2021 pela Casa Silva Freire intitulado )Ossatura da Cuiabania( Cultura & Busca de Identidade e A Japa e Outros Croni-contos Cuiabanos (Ed. Carlini & Caniato, 2008).