Em um bate-papo guiado pela pergunta “– Que cidade queremos para viver?”, a artista-bióloga Ruth Albernaz e a editora Maria Tereza Carracedo foram as convidada do segundo episódio do programa Conversas ao pé do Cajueiro. Discutindo a crise climática no âmbito cultural, a prosa abordou temas como etnoconhecimento, relação homem-natureza e modernidade. O programa na íntegra pode ser conferido no canal da Casa Silva Freire no Youtube.
Promovido pela Casa Silva Freire, o programa Conversas ao pé do cajueiro é transmitido mensalmente e discute variados temas a partir do pensamento crítico e poética de Silva Freire.
Em 12 episódios, a proposta é debater em 2024 as interferências da crise climática no âmbito da cultura local e sua relação com o desaparecimento/desqualificação dos elementos que torna singular os modos de ser e habitar a cidade de Cuiabá. A prosa é sempre mediada pela professora e filósofa Maurília Valderez do Amaral.
Pós doutora em ensino na Amazônia e autodidata em arte, Ruth Albernaz apresenta o próprio trabalho como “rabiscos poéticos, pinturas, objetos e instalações”. Para ela, as obras de Silva Freire são ricas em saberes e tradições passadas de geração em geração, o chamado etnoconhecimento.
“É algo que vem sendo passado há muito tempo. Tem muito etnoconhecimento na obra de Silva Freire. Estamos no planeta há 300 mil anos e só conseguimos permanecer porque entendemos a biodiversidade e nos associamos à natureza. Essa ruptura com a modernidade vem criando um apagamento dessas sabedorias tradicionais”, explica Ruth.
Editora da Entrelinhas, Maria Tereza Carracedo refletiu sobre os impactos da modernidade em Mato Grosso e das atividades econômicas praticadas no estado.“É preciso entender muito bem isso para saber o que está acontecendo aqui. O que se quer é que a sociedade que seja alicerçada numa solução para o coletivo. Pelo contrário, é uma sociedade individualista, preocupada só com o processo acumulativo e não distributivo”, ressalta.
O programa completo pode ser assistido através do
link.