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(SILVA FREIRE, Trilogia cuiabana, vol.1, p.29, 1991)

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Tecedeiras da cuiabania: episódio da série Conversas ao pé do cajueiro aborda arte das redeiras

12/04/2024 às 17:00

No embalo das redes que compõem a identidade da cuiabania, o terceiro episódio da série Conversas ao pé do cajueiro focou na arte de mulheres que fabricam com as próprias mãos as redes lavradas, reconhecida em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, como patrimônio material e imaterial do município.
Discutindo a crise climática no âmbito cultural, a prosa refletiu sobre a importância da manutenção do saber envolvido no fiar das redes e abordou ainda a falta de investimento público no setor.

O episódio exibiu o making of de “Redeiras - Tecendo Cultura com Arte e Tradição”, da cineasta Tati Mendes que documento as redeiras da comunidade de Limpo Grande, em Várzea Grande.

Integrante da equipe que filmou o documentário, Sophia de Melo, se atentou em como como a tradição é passada de geração em geração. “Elas conta que aprenderam a fazer redes olhando as outras mulheres tecendo. Quantas histórias não foram contadas e ouvidas nesses processos”, se questiona, lamentando a perda dessa sabedoria. “Hoje em dia a nova geração de crianças da comunidade não querem dar continuidade ao trabalho, completa.

Presidente da Tece Arte, associação que reúne 50 mulheres da comunidade de Limpo Grande, Jilaine Maria, ressalta a importância da rede para a comunidade. Da terceira geração de redeiras ela conta que a mãe tirava o sustento da casa da venda das redes. “Quando vendia uma rede em casa era o dinheiro para comprar o passe de ônibus para irmos à escola”, lembra.

Atual líder da comunidade Jilaine se orgulha de poder divulgar a arte das redeiras e resgatar a cultura da região. “É uma honra liderar essas mulheres. É com imenso orgulho que falo sobre as redes. Há três anos criamos a associação para unimos e já tivemos êxito nesse resgate, mas ainda falta investimento público”, afirma.

Feita em tear vertical, em fios de algodão, as redes apresentam cores vibrantes e motivos da fauna e da flora de seu território. Produzem redes, bordados em quadros (similares ao filé), mas também xales, quadros e roupas.

Conversas ao pé do cajueiro

Promovido pela Casa Silva Freire, o programa Conversas ao pé do cajueiro é transmitido mensalmente e discute variados temas a partir do pensamento crítico e poética de Silva Freire.

Em 12 episódios, a proposta é debater em 2024 as interferências da crise climática no âmbito da cultura local e sua relação com o desaparecimento/desqualificação dos elementos que torna singular os modos de ser e habitar a cidade de Cuiabá. A prosa é sempre mediada pela professora e filósofa Maurília Valderez do Amaral.

O programa completo pode ser assistido através do link.

Fonte: Da Assessoria

Tecedeiras da cuiabania: episódio da série Conversas ao pé do cajueiro aborda arte das redeiras
 
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